Se você tem interesse em saber como chegamos ao terceiro mirante do Morro de São João, sugiro que você assista o vídeo que está no card sobre a entrada no Parque Estadual da Chacrinha e a chegada até esse ponto.
Link do vídeo
https://youtu.be/rke7XlkGcwQ
Daqui seguiremos descendo até a base da Agulinha de Copacabana por mais 1km e meio.
Nesse trecho marcado por descidas agudas, a chegada a base da pedra não levará mais do que 40 minutos, completando aproximadamente 4 km de trilha no total desde a entrada no Parque Estadual da Chacrinha. Vale lembrar que demoramos bem mais do que isso para poder fazer uma boa captação de imagens. A sinalização da trilha nesse trecho é personalíssima, pois quase não há placas da trilha transcarioca. É importante prestar atenção nas marcações que encontra e se possível usar aplicativos tipo Wikiloc.
A partir de agora vamos entrar na pior parte da trilha, que consiste em circular a pedra tentando subir. O trepa pedra por aqui é cansativo e bem agudo. Há boas agarras e bastante lugar pra por o pé mas a exposição em alguns trechos aumenta de forma significativa. Existe uma enorme
contenção que segundo a internet foi edificada em meados dos anos 70 para evitar um possível deslizamento de perdras em direção aos diversos prédios em torno do morro. O cume está a 164 metros de altitude, e tudo que foi subida vira uma descida radical na volta e vice versa.
A Agulinha de Copacabana também é chamada de Agulha do Inhangá, que vem do tupi guarani Anhangá, e tem como livre tradução a palavra Diabo, sendo então a Agulha do Diabo. Do alto do cume teremos um repeteco da vista dos mirantes já vistos na passagem pelo Morro de São João, mas dessa vez, condensado em um único panorama de 360°.
Chegamos ao último movimento do dia que você acompanhará no vídeo. Após esse lance que você está vendo, eu estava esgotado e me deparei com um trecho de escalada de segundo grau e exposição brutal para uma queda livre de tamanho indeterminado. Não existiam agarras absolutas e nem platôs para parar. É um típico lance de escalada, que feito com corda seria caracterizado como muito fácil, mas em um movimento solo sem proteção, a coisa muda de figura. Cair nesse caso, significaria morrer. Improvisar uma segurança, além de arriscado seria demorado e poderia nos obrigar a sair daqui a noite, no escuro, o que também estava fora de
questão. A descida tem que ser em rapel e não sabemos como está o estado da viga utilizada para rapelar e nem se existe um ponto para backup.
Escalar também é saber a hora de desistir, e assim a menos de 15 metros do cume abortamos a missão. Deixo você com a maravilhosa vista do bairro de Copacabana e o convite para participar das redes sociais do Barato da Aventura. Estamos no Facebook, No Instagram, No Twitter e no TikTok.
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