LAJE DOS PESCADORES E GRUTA DA IMPRENSA - PRAIA DE SÃO CONRADO

Nosso rolé de hoje começa na praia de São Conrado. Vamos até a Avenida Aquarela do Brasil que é o ponto mais próximo da Av. Niemeyer onde podemos estacionar! Pra quem não sabe onde fica, é a transversal bem pertinho do antigo Hotel Nacional a cerca de 1200 metros do nosso objetivo. Moto estacionada, vamos para o cantinho da praia. A atração principal é a fechadíssima ciclovia Tim Maia! Tiro no pé de duas gestões diferentes da Prefeitura do Rio, a ciclovia, que já causou acidentes fatais por aqui, insiste em não ficar de pé! Estamos a 1 km do nosso primeiro objetivo que será a Laje dos Pescadores! Com a ciclovia fechada partimos, por cima da mureta caminhando cerca de 10 minutos até a entrada da Laje. Embora não seja sinalizada, durante quase toda a subida e nas principais curvas é possível ver onde ela está. No local de acesso, o abismo acaba e é possível passar para a encosta. Bem embaixo da ciclovia, está a escada de acesso, já bem deteriorada pela ação do mar. No final da escadaria existe uma placa, do corpo de bombeiros com um sério aviso sobre risco de morte! Respeite a sinalização. Daqui também é possível ver nosso próximo objetivo, a Gruta da imprensa a 400 metros voltando para a praia. Vamos subir para pista novamente e seguir por cinco minutos até o local de acesso. Em dias quentes use chapéu, protetor solar e repelente contra insetos. Leve água e mantenha-se hidratado. Chegamos sem tropeços a escadaria de acesso. A gruta da imprensa tem esse apelido por conta do Trampolim do Diabo, uma das corridas automobilísticas de rua mais famosas dos anos 30, na Avenida Niemeyer. Os repórteres cobriam a corrida na mureta existente no local e usavam sua edificação como base de espera! Ela nada mais é do que a parte inferior do viaduto Rei Alberto, nome dado em homenagem ao O Rei Alberto I da Bélgica, que visitou o país em 1920, ano em que o viaduto foi construído pelo então prefeito Carlos Sampaio. Feito de pedra, o viaduto tem um pequeno mirante à beira mar com arcos e formato de gruta que apesar de abandonada ao longo de quase toda a sua existência resistiu às ressacas que assolam a orla e conseguiu permanecer quase secreta. Conduzida pelo Mestre de Obras italiano Luigi Giannini, A Niemeyer foi alargada e retificada em vários trechos, ganhando mirantes, larguinhos ajardinados, muretas de proteção e o referido viaduto que retificava uma curva sob uma antiga reentrância no costão do Morro Dois Irmãos.